sábado, 27 de junho de 2009

Muay Thai


O Muay Thai (em tailandês: มวยไทย; RTGS: Muai Thai; AFI: [muɛ̄j tʰɑ̄j]; lit. boxe tailandês) é uma luta originária da Tailândia, país do qual é o esporte nacional. Arte marcial com mais de dois mil anos de existência criada pelo povo tailandês como forma de defesa nas suas guerras e para obter uma boa saúde.

Na Tailândia o Muay Thai também é conhecido "Luta da Liberdade" ou "Arte dos Livres", pois foi com o Muay Thai que se protegeram dos povos opressores que tentavam conquistar seu território.

Características
É conhecida mundialmente como A Arte das Oito Armas, pois se caracteriza pelo uso combinado dos dois punhos + dois cotovelos + dois joelhos + dois 'canelas e pés', e associado a uma forte preparação física a torna a mais eficiente, poderosa e sem dúvida a mais dura luta de contato total dentre todas as artes[carece de fontes?].

Todo golpe do Muay Thai tem o objetivo de acabar com a luta (knock out). As combinações de golpes são certeiras e raramente se pode ver uma luta que chegue ao quinto round, pois geralmente o nocaute vem antes. É uma luta que além de ter os socos devastadores do boxe, tem também os violentos golpes com as canelas e pés, típicos desta luta. É considerada a arte marcial que mais faz uso eficiente dos joelhos e cotovelos[carece de fontes?].

O Muay Thai vem ganhando cada vez mais praticantes, é uma luta muito agressiva que desenvolve um ótimo condicionamento físico e mental, concentração e auto-confiança. Além disso, o treinamento ajuda as crianças e adolescentes a terem maior poder de concentração nas suas atividades paralelas.

O Muay Thai é tão popular na Tailândia quanto o futebol no Brasil, isso faz da Tailândia a maior potência do esporte do mundo. Além de criadores do Muay Thai, os tailandeses também são os maiores lutadores do mundo na sua categoria, até 70 kg em média, isso devido os tailandeses terem uma estrutura física pequena.

História
A história de Boxe tailandês caminha lado a lado com a história do povo tailandês — a origem de ambos é, portanto, difícil de se descobrir.

Quando o exército birmane invadiu e arrasou Ayuddhaya, os arquivos de história tailandesa ficaram perdidos. Com eles, foi-se também muito da história do começo do boxe tailandês. O pouco que se sabe vem das escritas dos birmanes, registros de antigas visitas europeias e algumas das crônicas do reino de Lanna Chiangmai.

Existem várias versões sobre a origem do boxe tailandês. A mais aceite pela maioria dos mestres de boxe tailandês e também por vários historiadores tailandeses é a seguinte:

A origem de seu povo é a província de Yunnam, nas margens do rio Yang Tsé na China Central. Muitas gerações atrás eles migraram da China para o local onde atualmente é a Tailândia em busca de liberdade e de terras férteis para agricultura. Do seu local de origem, a China, até o seu destino, os tailandeses foram constantemente hostilizados e sofreram muitos ataques de bandidos, de senhores da guerra, de animais, e também foram acometidos de muitas doenças. Para protegerem-se e manterem a saúde, eles criaram um método de luta chamado "Chupasart".


"Corner"Esse método de luta e auto-defesa fazia uso de diversas armas como por exemplo: espadas, facas, lanças, bastões, escudos, machados, arco e flecha, etc. No treino do "Chupasart", frequentemente ocorriam acidentes que causavam algumas vezes graves ferimentos aos praticantes. Para que eles pudessem treinar sem ferir-se, os tailandeses criaram um método de luta sem armas, o precursor do atual boxe tailandês. Assim eles podiam exercitar-se e treinar mesmo em tempos de paz e sem o risco de ferir-se. No início, o boxe tailandês era muito parecido com o kung fu chinês — um fato normal levando-se em conta a origem do povo tailandês. O antigo boxe tailandês utilizava-se de golpes com as palmas das mãos, ataques com as pontas dos dedos, imobilizações e mãos em garras para segurar o oponente. Com o tempo, ele foi modificando-se e transformou-se no estilo de luta que é hoje.

Antigamente, assuntos nacionais foram decididos em lutas de boxe tailandês. O primeiro grande registro sobre o boxe tailandês como luta e também como uma habilidade no campo de batalha, esta na época do rei Naresuan em 1584, um tempo conhecido como o período de Ayuddhaya. Durante este período, todo soldado treinava boxe tailandês e deveria usar o método, como o rei também o fez. Lentamente, o boxe tailandês se mudou para longe de sua raiz, o Chupasart, e técnicas novas da luta foram evoluindo. A mudança na arte foi continuada sob outro rei lutador — Prachao Sua, o Rei Tigre (ou Rei de Tigre). Ele amou o boxe tailandês tanto quanto amava a si mesmo; frequentemente lutava mascarado em locais de competição, e normalmente derrubava os campeões locais. Durante o reinado do Rei de Tigre a nação estava em paz. O rei manteve o exército ocupado ordenando o treinamento em Muay Thai. O interesse no esporte já era alto mas desde então o conceito do boxe tailandês havia aumentado consideravelmente. O boxe tailandês se tornou a favorita brincadeira e passatempo das pessoas, do exército e do rei. Fontes históricas mostram que as pessoas de todos os níveis e em momentos de suas vidas se reuniram para treinar em acampamentos. Ricos, pobres, jovem ou velhos, todos fizeram o treinamento no boxe tailandês em algum momento da vida. Hoje temos o que se pode chamar de boxe tailandês moderno.

As competições de lutas são antigas. Todas as aldeias organizavam seus prêmios e lutas, e tiveram seus campeões. Todos os torneios eram tanto uma competição de apostas como também de orgulho local. A tradição de apostar permaneceu no esporte e hoje são feitas em enormes somas de dinheiro. O boxe tailandês sempre foi popular, mas, como a maioria dos jogos esportivos, houve momentos em que estava mais na moda. No reinado do rei Rama V, muitos lutadores Muay eram lutadores da guarda real. Esses pugilistas foram recompensados com títulos do exército pelo rei. Hoje os títulos, como Muen Muay Mee Chue de Chaiya ou Muen Muay Man Mudh de Lopburi são virtualmente intraduzíveis. Eles querem dizer algo comparável a "especialização na arte de bater". Na época eles foram admirados e respeitados por esses títulos. O período de Rama V foi outra idade dourada do boxe tailandês. Lutas nos acampamentos eram constantes e valorizadas, e o Comando Real recrutou os pugilistas mais talentosos para fazerem parte da guarda do rei. Os promotores das lutas começaram a fazer as grandes lutas que distribuiam grandes prêmios e honra aos seus vencedores. Isto emocionava as pessoas tanto quanto os torneios principais que hoje se fazem em Bangkok, nas lutas em estádios. As lutas não eram feitas em ringues como nós conhecemos no atual boxe tailandês. Qualquer espaço disponível do tamanho certo era usado: um pátio, um descampado de aldeia, etc. As mudanças que o esporte sofreu foram radicais inclusive no uso de equipamentos. Por exemplo, lutadores tailandeses sempre usaram os chutes baixos. Um pontapé ou joelhada nos órgãos genitais, para os lutadores, eram um movimento perfeitamente legal até os anos 1930. Porém nessa época foi feita uma proteção de árvore, coqueiros ou conchas de mar onde envolveram o material com pedaços de pano amarrado entre as pernas e ao redor da cintura. Foi daí que surgiu a coquilha.

Em 1930 vieram as mudança mais radicais no esporte. Foi então que se introduziram as regras e regulamentos de hoje. Cordas amarradas aos braços e mãos foram abandonados e luvas passaram a ser utilizadas pelos lutadores. Esta inovação também se deve ao respeito e ao sucesso crescente dos pugilistas tailandeses no boxe internacional. Juntamente à introdução de luvas, vieram as classes de peso baseadas nas divisões do boxe internacional. Estas e outras inovações — como a introdução de cinco rounds — alteraram substancialmente as técnicas de luta que os pugilistas usavam, causando assim o desaparecimento de alguns lutadores importantes da época. Antes da introdução de classes de peso, um lutador poderia lutar com qualquer adversário de tamanho e peso diferentes. Porém, a introdução das classes de peso ajudou os lutadores a lutarem mais emparelhados e uniformemente, saindo de cada categoria um campeão. A maioria dos lutadores tailandeses pertencem às classes de peso mais baixas. Setenta por cento de todos os lutadores pertencem à mosca e divisões de pesos pequenos. Há médios e meio-pesados mas eles não são vistos com freqüência e as categorias mais pesadas raramente lutam.

Os estádios, antes dos ringues atuais, começaram durante o reinado de Rama VII, antes da Segunda Guerra Mundial. Durante a guerra, desapareceram gradualmente mas cresceram rapidamente logo depois — o Muay Thai não tinha perdido sua atração. Os pugilistas da parte norte do país uma vez mais estavam na direção da fama e fortuna em Bangcoc. A glória poderia ser encontrada em estádios como Rajdamnern e Lumpinee. Depois, eles passaram a lutar ao vivo pela televisão. O Canal 7 da Tailândia começou a exibir as lutas em cores há mais de 25 anos.

Hoje a antiga arte de batalha evoluiu para um esporte popular.

Técnicas
As técnicas básicas do Muay Thai são os socos, chutes, joelhadas e cotoveladas. São usadas também técnicas de clinch e arremesso. O Muay Thai é uma arte de combate de contato, onde a troca de golpes dos lutadores é constante. Os tailandeses eram considerados os melhores em sua arte marcial e frequentemente viajam a diversos países ocidentais para lutar. Mas hoje em dia a grande potência no Muay Thai e o desporto mais parecido com Muay Thai, o kickboxing é a Europa com ênfase a Holanda que lançou Ramon Dekkers e outros grandes lutadores.


Golpes básicos
Socos(Madrong e Taymadrong)
Chutes (Dteh)
Joelhadas (Kao)
Cotoveladas (Sok)
Defesas (Pongkan)
Clinch (Plam)

Técnicas de chutes

Chute alto
Os chutes circulares e os chutes frontais são os dois chutes mais comuns no Muay Thai. O chute circular do Muay Thai foi assimilado por diversas outras artes marciais como por exemplo o Kickboxing. O chute circular usa um movimento rotatório do corpo inteiro. Os lutadores de Muay Thai são treinados para bater sempre com a canela. A canela é a parte mais forte da perna do lutador. O pé contem muitos ossos finos e é muito mais propenso a lesões. Um lutador pode acabar se ferindo usando somente o pé como área de impacto. Os lutadores de Muay Thai condicionam cuidadosamente suas canelas em treinos no saco pesado e em sparring também, para melhor resistencia e força na hora da luta, os lutadores praticam suas caneladas em superfícies duras, como alguns tailandeses

Técnicas com o joelho
No Muay Thai são usadas diversos tipos de joelhadas, joelhadas "frontais", joelhadas "laterais", joelhadas voadoras, joelhadas na coxa, joelhadas em clinch, etc.

Técnicas com o cotovelo
O cotovelo pode ser usado em sete maneiras: horizontal, diagonal-para cima, diagonal-para baixo, ascendentes, descendente, para trás-girando e no ar.

Do lado pode ser usado como um movimento do revestimento ou como uma maneira cortar o rosto do seu oponente de modo que o sangue possa obstruir sua visão. Essa é a maneira mais comum de se usar o cotovelo. Os cotovelos diagonais são mais rápidos do que os outros, mas são menos poderosos. As cotoveladas ascendentes e no ar são as mais poderosas, mas são mais lentos e mais fáceis de evitar ou obstruir. O cotovelo descendente é usado geralmente quando o oponente abaixa-se.

Há também uma diferença distinta entre uma cotovelada única e uma cotovelada em sequência. A cotovelada única é um movimento de cotovelo independente de todos os outros movimentos, visto que uma cotovelada em sequência é a segunda batida do mesmo braço, sendo um gancho primeiramente com uma continuação do cotovelo. Tais cotoveladas, e a maioria das outras cotoveladas, são usados quando a distância entre lutadores se torna demasiado pequena e há demasiado pouco espaço para jogar um gancho na cabeça dos oponentes.

Técnicas defensivas
A defesa é uma coisa muito importante no Muay Thai e são usados os ombros, os braços e as pernas (canela) como um "escudo" para obstruir as técnicas do oponente. Obstruir é um elemento importante no Muay Thai e combina-se com o nível de condicionamento do praticante. Os chutes circulares baixos e circulares médios ao corpo são obstruídos normalmente com a canela. Os golpes na parte superior do corpo são obstruídas geralmente com o antebraço, ou se possível com a canela. Os chutes circulares médios podem também ser segurados, travando o oponente, e assim permitindo um ataque para derrubá-lo, ou jogar o oponente a distância.

O clinch
O clinch é aplicado prendendo-se o oponente em torno do pescoço ou em torno do corpo, eles não são separados e a luta continua com troca de joelhadas e cotoveladas. Geralmente em clinch também são usadas diversas técnicas de arremessar o oponente ao chão.

Tradições
Khuen Kru - Ritual de aceitação entre professor e aluno.
Krop Kru - Cerimônia que ocorre na Tailândia quando um aluno torna-se professor.
Wai Kru - Ritual de respeito ao professor (Wai=respeito / Kru=professor)
Ram Muay - Ritual que mantem os espíritos do mal à distância, usado sempre antes das lutas com finalidade de que nada de mal aconteça para o lutador e o seu mestre.
Mongkon - Objeto que é colocado e retirado pelo professor na cabeça do lutador, para dar sorte.
Prajied - Objeto em tecido trançado que vai aos braços do lutador que simboliza a graduação. Dentro do prajied vai um pequeno buda para dar sorte. O nome disso é kruang, que no Brasil é usado erroneamente para se referir a prajied.

VALE TUDO


O Vale Tudo é uma modalidade de luta com contacto pleno (Full Contact) em que os adversários nem sempre precisam seguir um único estilo de arte marcial. Por exemplo, um lutador de jiu-jitsu pode lutar contra um lutador de Muay thai. Essa modalidade foi muito difundida no Brasil, inicialmente pelos irmãos Gracie. Hélio Gracie inclusive adaptou o jiu-jitsu tradicional para um jiu-jitsu aplicável ao Vale Tudo. É uma modalidade desportiva de combate com regras pouco restritas, o suficiente para preservar a integridade física dos lutadores, bastante amplo em termos técnico-táctico com um sistema muito próprio de preparação e desenvolvimento bastante complexo devido à exigência das lutas.

Atualmente existem diversos eventos de Vale Tudo. O evento que mais difundiu a modalidade foi o Ultimate Fighting Championship. O Pride é outro evento popular de Vale Tudo, que é realizado no Japão e já destacou muitos lutadores de diversas categorias de artes marciais.

Na atualidade os praticantes de Vale Tudo fazem em conjunto diversos tipos de artes marciais em contacto pleno (Full Contact). Por exemplo, no Brasil jiu-jitsu + boxe + muay thai, nos Estados Unidos kickboxing + muay thai + sanshou + wrestling, outros fazem kickboxing + muay thai + jiu-jitsu. Como não segue uma filosofia de vida que visa o engrandecimento do ser humano, o Vale Tudo usualmente não é considerado uma arte marcial mas apenas um sistema de luta moderno, apesar da sua eficiência combativa.

domingo, 17 de maio de 2009

CAPOEIRA




A capoeira é uma expressão cultural Afro-brasileira que mistura luta, dança, cultura popular, música. Desenvolvida no Brasil por escravos africanos e seus descendentes, é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando os pés, as mãos, a cabeça, os joelhos, cotovelos, elementos ginástico-acrobáticos, e golpes desferidos com bastões e facões, estes últimos provenientes do Maculelê. Uma característica que a distingue da maioria das outras artes marciais é o fato de ser acompanhada por música. A palavra capoeira tem alguns significados, um dos quais refere-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil. Foi sugerido que a capoeira obtivesse o nome a partir dos locais que cercavam as grandes propriedades rurais de base escravocrata. Também, a palavra Tupi-Guarani "capuera" significava "Mata destruida pela mão de homem e renascida, não virgem"

HISTÓRIA Durante o século XVI, Portugal enviou escravos para o Brasil, provenientes da África Ocidental. O Brasil foi o maior receptor da migração de escravos, com 42% de todos os escravos enviados através do Oceano Atlântico. Os seguintes povos foram os que mais frequentemente eram vendidos no Brasil: grupo sudanês, composto principalmente pelos povos Iorubá e Daomé, o grupo guineo-sudanês dos povos Malesi e Hausa, e o grupo banto (incluindo os kongos, os Kimbundos e os Kasanjes) de Angola, Congo e Moçambique. Os negros trouxeram consigo para o América|Novo Mundo as suas tradições culturais e religião. A homogeneização dos povos africanos e seus descendentes no Brasil sob a opressão da escravatura foi o catalisador da capoeira. A capoeira foi desenvolvida pelos escravos do Brasil, como forma de elevar o seu moral, transmitir a sua cultura e principalmente como forma de resistir aos seus escravizadores, geralmente era praticada nas capoeiras, e a noite nas sensalas onde os escravos ficavam acorrentados pelos braços, o que explica o fato de a maioria dos golpes serem desferidos com os pés, foi também muito praticada nos quilombos, onde os escravos fugitivos tinham liberdade para expressar sua cultura. Há relatos de historiadores de que Zumbi dos Palmares e seus quilombolas comandados, só conseguiram defender o Quilombo dos Palmares dos ataques das tropas coloniais, porque eram exímios capoeiristas, mesmo possuindo material bélico muito aquém dos utilizados pelas tropas coloniais e geralmente combatendo em menor número, resistiram a pelo menos vinte e quatro ataques de grupos com até três mil integrantes, comandados por capitães-do-mato, e foram necessários dezoito grandes ataques de tropas militares ao Quilombo dos Palmares para derrotar os quilombolas, soldados de Portugal relatavam ser necessários mais de um dragão (militar) para capturar um quilombola, porque se defendiam com estranha técnica de ginga, pernas, cabeça e braços, muitos comandantes de tropa portugueses e até um governador-geral, consideraram ser mais dificil derrotar os quilombolas do que os holandeses. Há registros da prática da capoeira nos séculos XVIII e XIX nas cidades de Salvador, Rio de Janeiro, e Recife, porém durante anos a capoeira foi considerada subversiva, sua prática era proibida e duramente reprimida. Devido a essa repressão, a capoeira praticamente se extinguiu no Rio de Janeiro, onde os grupos de capoeiristas eram conhecidos como maltas, e em Recife, onde segundo alguns a capoeira deu origem à dança do frevo, conhecida como o passo. Em 1932, Mestre Bimba fundou a primeira academia de capoeira do Brasil em Salvador. Mestre Bimba acrescentou movimentos de artes marciais e desenvolveu um treinamento sistemático para a capoeira, estilo que passou a ser conhecido como Regional. Em contraponto, Mestre Pastinha pregava a tradição da capoeira com um jogo matreiro, de disfarce e ludibriação, estilo que passou a ser conhecido como Angola. Da dedicação desses dois grandes mestres, a capoeira deixou de ser marginalizada, e se espalhou da Bahia para todos os estados brasileiros. No vídeo de B. M. Farias "Relíquias da Capoeira - Depoimento do Mestre Bimba", o próprio Manuel dos Reis Machado, criador da capoeira de regional, comenta sobre os motivos que o fizeram se mudar para Goiânia.Depois, em uma reunião de especialistas em capoeira no Rio de Janeiro, entendidos explicam mais sobre o nome do esporte, sobre a criação da capoeira de Angola e falam mais sobre esse lendário personagem chamado Mestre Bimba. A palavra capoeira quer dizer:Capo:mato Eira:cortado Capoeiristas históricos Besouro Mangangá capoeirista baiano do século XIX, imortalizado nas músicas da capoeira Manduca da Praia temido capoeirista no Rio de Janeiro do século XIX Madame Satã polêmico capoeirista do Rio de Janeiro da primeira metade do século XIX, sua vida foi retratada em filme Mestre Waldemar foi alvo de vários estudos acadêmicos durante os anos 50, inventor das ladainhas Capoeira Angola Mestre Pastinha (fundou a primeira escola de capoeira legalizada pelo governo baiano) Mestre João Pequeno (aluno de Pastinha é o mais velho e importante mestre da Capoeira Angola em atividade) Capoeira regional Mestre Bimba criador da capoeira regional e benguela Mestre Eziquiel aluno de Bimba, divulgou a capoeira pelo mundo e foi um de seus maiores cantadores e compositores Outros Mestre Camisa divulgador da capoeira no exterior, principalmente na Alemanha e na França. Camafeu de Oxossi foi um mestre de capoeira e figura de destaque no Candomblé baiano Mestre Celso Carvalho Nascimento sendo lhe atribuído um estilo único é o mais antigo capoeirista do Rio de Janeiro em atividade Mestre Burguês fundador da Federação Paranaense de Capoeira em 1985 teve 19 CDs de capoeira editados Mestre Suassuna Fundador do CDO e um dos pioneiros da Capoeira em São Paulo. Gravou um dos primeiros discos de capoeira. Na Ficção Mestre Bentinho Música A música é um componente fundamental da capoeira. Foi introduzida como forma de ludibriar os escravizadores, fazendo-os acreditar que os escravos estavam dançando e cantando, quando na verdade também estavam treinando golpes para se defenderem. Ela determina o ritmo e o estilo do jogo que é jogado durante a roda de capoeira. A música é composta de instrumentos e de canções, podendo o ritmo variar de acordo com o Toque de Capoeira de bem lento (Angola) a bastante acelerado (São Bento Grande). Muitas canções são na forma de pequenas estrofes intercaladas por um refrão, enquanto outras vêm na forma de longas narrativas (ladainhas). As canções de capoeira têm assuntos dos mais variados. Algumas canções são sobre histórias de capoeiristas famosos, outras podem falar do cotidiano de uma lavadeira. Algumas canções são sobre o que está acontecendo na roda de capoeira, outras sobre a vida ou um amor perdido, e outras ainda são alegres e falam de coisas tolas, cantadas apenas para se divertir. Os capoeiristas mudam o estilo das canções freqüentemente de acordo com o ritmo do berimbau. Desta maneira, é na verdade a música que comanda a capoeira, e não só no ritmo mas também no conteúdo. O toque Cavalaria era usado para avisar os integrantes da roda que a polícia estava chegando; por sua vez, a letra é constantemente usada para passar mensagens para um dos capoeiristas, na maioria das vezes de maneira velada e sutil. Os instrumentos são tocados numa linha chamada bateria.

O principal instrumento é o berimbau, que é feito de um bastão de madeira envergado por um cabo de aço em forma de arco e uma cabaça usada como caixa de reverberação. O berimbau varia de afinação, podendo ser o Berimbau Gunga (mais grave), Médio (médio) e viola (mais agudo). Os outros instrumentos são: pandeiro, atabaque, caxixi e com menos freqüência o ganzá e o agogô. Toques de capoeira Berimbaus. Da Esquerda para direita: Viola, Médio e Gunga ou Berra-BoiOs diferentes ritmos utilizados na capoeira, como tocados no berimbau, são conhecidos como toques; estes são alguns dos toques mais comumente utilizados: Angola São Bento Grande de Bimba São Bento Grande de Angola São Bento Pequeno Iúna Cavalaria Samango Santa Maria Benguela Amazonas Idalina Regional de Bimba A dança na capoeira O batuque, maculelê, puxada de rede e samba de roda são danças (manifestações culturais) fortemente ligadas à capoeira. Roda de capoeira regional A roda de capoeira é um círculo de pessoas em que é jogada a capoeira. Os capoeiristas se perfilam na roda de capoeira batendo palma no ritmo do berimbau e cantando a música enquanto dois capoeiristas jogam capoeira. O jogo entre dois capoeiristas pode terminar ao comando do capoeirista no berimbau ou quando algum capoeirista da roda entra entre os dois e inicia um novo jogo com um deles. Em geral a capoeira não busca destruir o oponente, porém contusões devido a combates mais agressivos não são raras. Entretanto, de maneira geral o capoerista prefere mostrar sua superioridade "marcando" o golpe no oponente sem no entanto completá-lo. Se o seu oponente não pode evitar um ataque lento, não existe razão para utilizar um golpe mais rápido.

A ginga é o movimento básico da capoeira, é um movimento de pernas no ritmo do toque que lembra uma dança, porém capoeristas experientes raramente ficam gingando pois estão constantemente atacando, defendendo, e "floreando" (movimentos acrobáticos). Além da ginga são muito comuns os chutes em rotação, rasteiras, golpes com as mãos, cabeçadas, esquivas, saltos, mortais, giros apoiados nas mãos e na cabeça, movimentos acrobáticos e de grande elasticidade e movimentos próximos ao solo.



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Aluna tocando berimbau

quinta-feira, 14 de maio de 2009

BOXE


História



O boxe ou pugilismo é uma arte marcial e esporte de combate que usa apenas os punhos, tanto para a defesa como para o ataque. A palavra deriva do inglês "to box", que significa "bater", ou "pugilismo" ("bater com os punhos"), expressão utilizada na Inglaterra entre 1000 e 1850.
Essa arte é modernamente chamada de "pugilismo", que tem origens diversas como, no
latim, em pugil, que significa "lutador com cestus" (que eram um conjunto de correias de couro, placas de ferro e chumbo que guarneciam os punhos dos lutadores romanos da antigüidade), ou em "pugillus", que significa "punho fechado", em forma de soco.

Populares na Inglaterra nos séculos XVIII e XIX, as lutas de boxe com as mãos descobertas eram brutais. O desporto foi reformado em 1867, com as regras de Queensberry, que previam rounds de três minutos e o uso de luvas. Entraram em vigor em 1872.
O boxe foi primeiramente considerado desporto olímpico em
688 a.C., na 23ª olimpíada. Porém, quando ressurgiram as Olimpíadas da Era Moderna, o COI não admitia a inclusão do boxe por não achar o desporto condizente com o clima de confraternização entre os atletas. O boxe foi incluído como demonstração na Olimpíada de 1912 em Estocolmo, só se tornando um desporto olímpico moderno na Olimpíada de 1920 em Antuérpia.
O boxe
tailandês descende de uma arte marcial chamada muay thai, que incorporou regras e movimentos do boxe inglês, os golpes dados com os punhos são praticamente os mesmos, porém em uma luta de muay thai é permitido usar os cotovelos, os joelhos e as canelas para golpear os adversários.
O boxe profissional possui dez ou doze rounds no máximo.


Golpes



Jab: Golpe frontal com o punho que está a frente na guarda. Embora seja geralmente usado para afastar o oponente ou para medir a distancia, ele pode nocautear.

Direto: Golpe frontal com o punho que está atrás na guarda. É um golpe muito rápido e forte.

Cruzado Cross: Tão potente quanto o Direto, porém o alvo é a lateral da
cabeça do adversário. O cruzado termina seu movimento com o braço esticado.

Upper: Desferido de baixo para cima visando atingir o queixo do oponente.

Hook ou gancho (em português): Golpe desferido em movimento curvo do punho, atingindo lateralmente, dificultanto a defesa do oponente. Difere do Cruzado pela distância que é aplicado (próximo e contornando a guarda adversária). O Hook termina seu movimento com o braço flexionado.
Knock out
O knock out (KO), abrazileirado para "nocaute", ocorre quando um dos lutadores fica incapacitado de continuar lutando. Seja por estar desmaiado, muito ferido ou visivelmente atordoado. Caso o lutador esteja nocauteado mas ainda esteja em pé, o juiz pode interromper a luta dando a vitória ao adversário.

Golpes baixos
Os golpes baixos são os aplicados abaixo da cintura e não são permitidos no boxe. Se o outro adversário bater em uma dessas partes, o mesmo será advertido e, na reincidência, poderá ser eliminado, a critério do árbitro. Os golpes permitidos são os aplicados na parte frontal do adversário, como no
rosto e no abdomen.

Sparring
Sparring é o pugilista que ajuda o outro a treinar, e quase sempre são de ótimos niveis. Treina os grandes pugilistas, ajudando-os a desenvolver seu potencial de golpes. Após ser sparring alguns deles profissionalizam-se. Antes de seu retorno aos ringues, Mike Tyson enfrentou (e nocauteou brutalmente) dezoito sparrings. Um deles seguiu numa maca para o hospital. Larry Holmes já foi sparring de Muhammad Ali. Oscar de La Hoya já foi sparring de Julio Cesar Chavez, e Riddick Bowe, de Evander Holyfield.




Pugilistas Femininas
Duda Yankovich


Os Brasileiros
Éder Jofre
Popó
Maguila
Sertão
Servílio de Oliveira Pugilistas famosos
Damarco, o Dinita
Rocky Marciano
Muhammad Ali
George Foreman
Joe Frazier
Lennox Lewis
Evander Holyfield
Mike Tyson
Oscar de La Hoya
Teófilo Stevenson
Santa Camarão
Sugar Ray Leonard
Roberto Durán (Mano de Piedra)
Éder Jofre
Julio César Chávez
Rubin "Hurricane" Carter

Pugilistas Femininas
Duda Yankovich

Os Brasileiros
Éder Jofre
Popó
Maguila
Sertão
Servílio de Oliveira



Servílio de Oliveira expondo sua medalha olímpica




KARATÊ


Objetivo: Formar o caráter do praticante e não apenas treiná-lo contra um inimigo físico



A história do Karatê perde-se no tempo. Formas de defesa pessoal que usavam os próprios membros como armas foram vistas em muitos lugares do mundo em épocas bem distantes. A teoria mais aceita hoje sobre sua origem é a de que um monge - Daruma - vindo da índia para a China teria trazido os ensinamentos de uma luta ao mosteiro Shaolin. Na China estes ensinamentos foram difundidos a muitas gerações. Já em Okinawa, uma ilha situada no sul do Japão, praticava-se uma luta conhecida como "TE". Da união dessa com a praticada na China o Kempo, originou-se o Karatê que tem o significado moderno de mãos vazias, mas por derivação do conceito introduzido pelo mestre Gichin Funakoshi, traduz-se por mente vazia.
Quando a luta chinesa, nascida no Mosteiro Shaolin foi difundida por toda a China e chegou a Okinawa (ilha ko arquipélago japonês Ryu Kyu), ao sul do Japão, lá se desenvolveu desmembrando-se em três escolas importantes:
SHURI-TE - na cidade de Shuri, antiga capital onde a realeza e os nobres viviam
NAHA-TE - na cidade de Naha
TOMARI-TE - na cidade de Kume.

KARATÊ NO BRASIL
No Brasil o Karatê chegou com os imigrantes japoneses após a Segunda Guerra Mundial, principalmente nas décadas de 50 e 60. Principais mestres pioneiros do Karatê Brasileiro foram:

JUICHI SAGARA
EISUKE OISHI
TETSUMA RIGASHINO
YOSHIHIDE SHINZATO
KOJI TAKAMATSU
TAKETO OKUDA
YASUTAKA TANAKA
YASUNORI YONAMINE
MICHIZO BUIO
SADAMU URIU
RIUZO WATANBE
AKIO YOKOYAMA


Essa é a Bruna, aluna do Ensino Médio que encontrou no karatê uma filosofia de vida.